quinta-feira, 29 de março de 2012

Playlist: Veroz - Maglore

Nesta terça-feira (03/04) teremos show da Maglore no Studio SP da Baixa Augusta e de graça.
Mais informações aqui

Enquanto terça não chega, ouça na íntegra o álbum Veroz dessa banda baiana que já tá conquistando o Brasil todo!


Bandas Novas: Various Cruelties

Mais um fruto britânico, dessa vez uma parte dos integrantes de Leeds e outra de Londres.

Formada agora em 2012, pouco se sabe sobre eles. O que sabemos são as influências de Arcade Fire e Villagers, a comparação feita aos Arctic Monkeys, e que eles já abriram shows para o The Vaccines e para o Mumford & Sons. E que o EP de estréia sai dia 30 de Abril.

Ah, claro. Outra coisa que se sabe, é que o som deles é muito bom!

Com vocês, Various Cruelties:




sábado, 24 de março de 2012

Falando Sobre: Bandas Lollapalooza Brasil - Foo Fighters


Com a morte de Kurt Cobain, perdia-se um ícone do rock e uma das bandas mais influentes da história do rock.
O que não se sabia é que a partir disso teríamos o surgimento de outra banda que viria a lotar estádios de futebol por todo o mundo em pouco mais de 3 anos de existência.
Durante o movimento grunge, o Nirvana foi uma das bandas mais influentes do estilo. Sua composição inicial era Kurt, Krist, e Chad. Formação essa que durou apenas um álbum de estúdio, o Bleach, primeiro da banda.


Após alguns conflitos internos, Chad deixa a banda e então começa a procura por um novo baterista, que logo surge por indicação de Buzz Osbourne, vocalista de uma das, sem não a, banda favorita de Kurt, os Melvins. O cara em questão apresentado para Kurt e Krist era um baterista de uma ex-banda de punk hardcore, seu nome era David, David Grohl, ou simplesmente Dave Grohl.
Dave entrou na banda no momento mais emblemático da mesma, onde se trabalhava no segundo disco da banda, o nada mais nada menos que Nevermind.
Após 4 anos, Kurt Cobain viria a morrer, e o Nirvana acabaria.
O futuro dos integrantes restantes era incerto. Mas eis que Krist virou ativista político, DJ de rádio, e tocou em algumas bandas.
Enquanto isso, Dave, que tentava dar pitacos no Nirvana seja em opiniões nas músicas ou em apresentar um material para banda, os quais erram barrados por Kurt, vinha colecionando suas composições. Tal coleção resultou em uma fita demo, chamada Pocketwatch,  onde Dave gravara todos os instrumentos e voz, e que foi dado o nome fictício de Late! E que apresentava uma sonoridade bem grunge. Um claro resquício dos recente tempo do fim do Nirvana.



Entre o tempo de se lançar com a demo, Dave encontrou um dilema: Uma banda a qual ele gostava muito (desculpe, esqueci o nome) o chamara para tocar com eles.
Era escolher entre tocar numa banda , a qual ele gostava, e que já tinha um certo renome no cenário underground, ou levar em frente um trabalho no qual ele acreditva.
Ele escolheu a fitinha demo.

Levando a frente o trabalho feito na demo, Dave entrou em estúdio e gravou o disco lançado em 1995 com o nome fictício de Foo Fighters, mesmo dado para abanda de no momento de um homem só, e que foi inventado por Dave para que o som não fosse associado à “banda do ex-baterista do Nirvana” .



Após o lançamento do primeiro disco, Dave chamou mais integrantes para a banda. Para o baixo Nate Mendel, e para a bateria William Goldsmith, ambos que tocavam numa banda de rock chamada Sunny Day Real Estate. Para a segudna guitarra, Pat Smear, que tocava numa banda de punk rock chamada The Germs e que era muito conceituada na época, o que fez Dave desacreditar que ele aceitou o convite de tocar em um novo projeto que era o Foo Fighters.



Como a maioria das bandas, a formação foi se alterando. Saiu o baterista William e entrou Taylor Hawkins, que era baterista da banda de apoio de Alanis Morissette e foi primeiramente contactado por Dave para que ele indicasse um baterista para os Foo Fighters. Para a surpresa de Grohl, Taylor se ofereceu como o novo baterista.
Quando tudo parecia bem, praticamente no mesmo momento em que Taylor entrava, Pat saia da banda. Porém, continuou tocando nos shows da tour do álbum The Colour and The Shape mesmo já estando fora da banda. Para seu lugar, entrou Franz Sthal, que tocava com Grohl em sua antiga banda, o Scream.



Pouco antes de entrarem em estúdio para gravarem o terceiro álbum, There is Nothing Left To Lose, Franz sai da banda. Mais uma perda. Algo que estava virando comum na banda, e deixando todos muito preocupados com o futuro da banda. Assim, o álbum foi gravado apenas com Dave, Taylor, e Nate. Mais tarde, na turnê do álbum, a vaga de segundo guitarrista foi reposta com Chris Shiflett, que permanece até hoje na banda.



Chegando em 2001, em meio aos trabalhos do quarto álbum, One by One, alguns conflitos surgiram, e a banda decidiu dar uma parada. O que entre os próprios integrantes pensavam ser o fim da banda. Contudo após os shows do disco, a banda voltou com muito empenho e vontade e percebeu que daí pra frente o que havia ocorrido e passado não tinha mais como afetar a banda. Palavras dos próprios integrantes.



Em 2005, os Foo Fighters inovaram lançando um álbum duplo, o In You Honor. Sendo um disco só com músicas acústicas com participação de Norah Jones em uma das faixas. Além disso, o disco contou com um (re)lançamento  de Friend of a Friend, que fazia parte da demo Pocketwatch.
Continuando inovando, os FF também fizeram uma turnê só com as músicas acústicas. Sendo então tocadas em teatros e salas de músicas e acompanhadas de orquestra sinfônica.
Além disso, a turnê do álbum marcou a volta de Pat Smear que se mantém desde então até hoje na banda.



Em 2008 lançaram o álbum Echoes, Silence Patience and Grace, e em 2011 o álbum que para muitos críticos é considerado o melhor disco da banda, o Wasting Light.
Com ótimas faixas como White Limo, Rope, Walk, e These Days, o álbum vem com uma sonoridade amadurecida e é um dos álbuns com maior número de hits/ propensos a hits.
Gravado na garagem de Dave,com equipamentos analógicos, e com a produção de Butch Vig (produtor de bandas como NIN, Nirvana, e Smashing Pumpknis, e guitarrista do Garbage).



Agora, chegando ao Brasil com a tour do Wastig Light, e após 13 anos desde a última vinda por aqui, os Foo Fighters farão um show de deixar antigos e novos fãs (ou apenas apreciadores) com hits, e muita energia – típica de Grohl nos shows.

É esperar dia 07/04 pra ver!

Enquanto isso, vamos ouvindo Foo Fighters. Abaixo uma música de cada álbum:
Petrol CB by Foo Fighters on Grooveshark I'll Stick Around by Foo Fighters on Grooveshark My Hero by Foo Fighters on Grooveshark Generator by Foo Fighters on Grooveshark Low by Foo Fighters on Grooveshark Resolve by Foo Fighters on Grooveshark Virginia Moon by Foo Fighters on Grooveshark Pretender by Foo Fighters on Grooveshark Bridge Is Burning by Foo Fighters on Grooveshark

quinta-feira, 22 de março de 2012

Bandas Novas: The Heartbreaks

Não tão novos assim - de 2009 - mas aparecendo pra valer apenas agora para o mundo, os britânicos do The Heartbreaks trazem um indie rock característicos das primeiras bandas independentes do fim dos anos 80 mas com um uma repaginanda mais moderna.
Com guitarras tintilantes, vocal suave, e ritmo dançante, o The Heartbreaks vêm ganhando os críticos e os ouvidos do pessoal.

Ouça abaixo o clipe de Delay, Delay. Certeza que eles também vão cair no seu gosto.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Bandas Novas: Citizens!

Chegando como aposta de 2012 pela revista NME, os britânicos do Citizens! vêm com um indie eltrônico que se assemelha com Hot Chip e Friendly Fires.

Por enquanto apenas com os single Reptile e True Romance, a banda está com data marcada para lançamento do primeiro álbum: dia 28 de maio. Albúm o qual, foi/está sendo produizo que ninguém menos que Alex Kapranos, vocalista do Franz Ferdinand.

Enquanto o álbum não sai, vamos ficar com o clipe de Reptile.


Stream: Novo álbum do Blood Red Shoes - In Time To Voices

domingo, 18 de março de 2012

Resenha: Show Black Cold Bottles @ Estúdio NiMBUS



Na noite dessa sexta-feira, no estúdio NiMBUS, localizado no bairro da Lapa em São Paulo, um som de qualidade ecoava pelas paredes com isolamentos acústicos do estúdio.

Com overdrive, phaser, e fuzz, as guitarras tintilavam e fritavam. Com um groove envolvente, o baixo dava nós na alma dos presentes, enquanto  a bateria injetava adrenalina pulsante, oras raivosa, ora sublime.
Eram os quatro integrantes da banda de som shoegaze, indie, blues rock, noise rock , e acima de tudo, bom, chamada Black Cold Bottles.




Com pouco mais de uma hora de duração, doze faixas tocadas – sendo uma delas um cover rearranjado de Transmission do Joy Division – a banda mostrou para o público que sabem mostrar rock n’ roll também ao vivo.

Com uma boa ordem de set list, a banda soube colocar as músicas mais intimistas no início do show, trazendo o público pra dentro do show, e aos poucos evoluindo colocando músicas mais agitadas e agressivas quando então o público já estava tomado pelo ambiente da Black Cold Bottles.

Poucas palavras e muito rock. Foi assim o show da BCB. Apresentaram muito bem o repertório que até então não era conhecido pelo EP (Confira aqui a resenha do EP ) que possui apenas 5 faixas. Músicas ão boas quanto as que apresentaram no compacto de estréia.


Que venha o LP!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Resenha: Howler - Beco 203 São Paulo

Após a nevasca que os impediu de pegar o vôo de Mineápolis para São Paulo e chegar para fazer o show no dia 24, eis que chega o dia 26, data remanejada para o show. Dia de ver de perto a banda de maior hype da atualidade, e vista como a banda 2012 por mídias especializadas e de renome como a NME.

Rua Augusta, Beco 203. Pouco antes de a casa abrir, por volta das 20:15, já se formava uma fila considerável na calçada, apontando a ansiedade das pessoas.

Antes dos garotos do Howler, ainda subiu ao palco a banda paulistana Some Community que apresentou um som powerpop/noise pop que fez o público, que mesmo sem conhecer as letras, agitar-se.

Com revezamento de instrumentos pelos integrantes, e músicas bem compostas, a Some Community fez uma boa abertura para a banda principal da noite.

Logo em seguida, aos poucos os integrantes do Howler subiam ao palco para afinar instrumentos, e arrumar disposição de microfones. Nesse meio tempo, principalmente Jordan, o líder da banda, já interagia com o público que estava na frente do palco,

Com um pequeno atraso de 30min, começava o show. Tocando logo de início America, uma das melhores músicas do álbum , já agitaram o público que se não sabiam as letras sentiam, dançavam e curtiam as músicas.

Entre as músicas, os integrantes faziam piadas e se comunicavam com o público. Pediram desculpas pelo adiamento do show até citando que o motivo é que em “Mineápolis é sempre frio e com neve, ao contrário daqui que é muito quente “.

Tocaram praticamente o álbum America Give Up inteiro entre umas goladas de Jack Daniels que ficava ao fundo do palco, e que ao final foi até compartilhada com um cara da frente do palco.

Os hits Told You Once e Back Of Your Neck, as mais esperadas por todos, ficaram mais pelo final. Esta última contado com o que todos esperavam: a paradinha ao vivo! Que ao retornar agitou ainda mais a platéia.

Agradecem o público e saem do palco. Mas não era o final. Eles ainda voltariam para tocar mais uma no “encore” . Onde tocaram com “agressividade” de rock n roll com microfonia de guitarra no amplificador e “barulhos” feitos no teclado.

Jogam-se as baquetas e palhetas para o público, que pelo alvoroço para pegá-las mostra-se que gostaram bastante do show de uma banda que acima de notas dadas por revistas, teve o seu verdadeiro e mais importante termômetro nessa noite, o público.

SET LIST:

1.       America

2.       Beach Sluts

3.       For All Concern

4.       Too Much Blood

5.       Wailing (Making Out)

6.       This One's Different

7.       Pythagorean Fearem

8.       Told You Once

9.       Back To The Grave

10.   Back Of Your Neck

Encore

11.   Black Lagoon

 

Resenha: Born To Die (Lana Del Rey)

Elizabeth Grant, mais conhecida como Lana Del Rey, esta nova iorquina conquistou os ouvidos – e olhos – de muitos já no ano passado, antes mesmo de lançar o seu álbum.

O motivo foi o grande número de vazamentos de faixas, cerca de quatro, que viriam a estar no álbum Born To Die. O qual por sua vez também teve vazamento e acabou caindo para downloads cerca de uma semana antes da data oficial do lançamento.

Esse “BOOM Lana Del Rey” foi imenso. Várias capas de revistas sejam elas de música  ou de celebridades; participações em programas de TV seja para cantar ou para entrevistas, etc.

A principal característica de Lana Del Rey pode ser entendida como seu vocal aveludado e blasé, que nos remete a grandes cantoras norte-americanas dos anos 60.

Rotular o estilo de Lana é algo não muito fácil. Ela passa por soul, pop, blues, e até mesmo tendências de hip hop como pode ser percebido em  faixas como Diet Moutain Dew. Muito rotulam seu som como indie pop. Bom, não vejo como sendo o mais adequado, mas também não vejo de tão mal.

Born To Die é um disco relativamente longo, com 15 faixas. Onde todas beiram ou superam os 4 minutos de duração, dando assim ao álbum 60 minutos. O que pode torná-lo um pouco cansativo para quem não gostar realmente do estilo.

 

Análise de faixas

·         Off The Races: Uma das melhores do álbum. Apresenta bem a mistura entre o hip hop e o blues presente na voz de Lana. Destaque para o refrão que apresena uma ótima batida e alguns agudos de Lana, que não são muito comuns de se ouvir.

·         Video Games: Primeira música lançada de Lana. E primeira a ganhar vídeo clipe. O que ajudou e muito a inicar o boom, ao associar para o público  a bela voz e a bela cantora. Uma das músicas em que se percebe melhor todo o potencial vocal de Lana, horas com mais força horas mais suave. Uma das melhores do álbum

·         Diet Moutain Dew:  Uma das que mais paresenta a batida de hip hop. Bateria marcante e back vocals típicos do estilo. Aqui Lana apresenta um vocal menos encorpado e mais ritimado. O mesmo é percebido em National Anthem, mas daí com um vocal vezes realmente no ritmo do hip hop.

·         Million Dollar Man: Bem sinestésica. Consegue-se associar muito bem o nome da música, com o som e cria-se perfeitamente um cenário na cabeça do ouvinte.  Million Dollar Man traz bem um ar de requinte e sofisticação trazidos pela voz de Lana nessa faixa. Voz típica de cantoras  de blues das mais provocantes.

·         Lolita: Música mais “dançante” e pop do álbum. Apresenta um ritmo mais rápido, e com batidas eletrônicas juntamente com as batidas já presentes no álbum.  Com refrão soletrado (L-O-L-I-T-A) nem chega a parecer Lana Del Rey.

·         Lucky Ones: Fecha muito bem o álbum tendo um quarteto de cordas acompanhando a voz de Lana, que traz um ar mais sublime a música.

O hype foi crescendo, e o álbum Born To Die está até a data de hoje em primeiro lugar em 11 países!

O álbum é realmente um bom álbum, mas não podemos ignorar que muito desse seu destaque e vendagem é devido a esse hype gerado, ainda mais ao se tratar de um artista que é também fisicamente atraente. E isso vende e muito no mercado – não há como negar. Mas claro que a grande parte do mérito é a incrível capacidade vocal de Lana, que consegue cantar de diversas maneiras, tons, e estilos diferentes. Mostrando-se uma boa “instrumentista” da voz.

No geral, as músicas se assemelham muito, mas não deixam de ser boas.

Nota: 7/10

Resenha: Arctic Monkeys: Live à L'Olympia


Arctic Monkeys: live à L’Olympia

Direto de Paris, e via livestream, os fãs da banda puderam acompanhar o show de número 100 da turnê do novo álbum dos britânicos, o Suck It And See.

Com abertura de Miles Kane, e participações do mesmo em duas músicas no show (Little Illusion Machine e 505), os Monkeys tocaram 20 músicas. Sendo estas 6 do álbum da turnê, 6 do Favourite Worst Nightmare, 4 do Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, 2 do Humbug, e 2 B-sides (Little Illusion Machine, e You & I – esta com a participação de Richard Hawley).

Eu diria que houve três fatos curiosos.

Primeiro, e apenas estético: a transmissão em preto e branco, dando um ar retrô (condizente com o estilo, recém adotado de cabelo e vestuário, de Turner).

Segundo: a presença de duas B-sides no show. Algo não muito comum em shows, mas que vejo como algo relevante e interessante. Pois, faz com que mais pessoas conheçam essas músicas, que são tão boas quanto as “A-side”, e corram atrás para conhecer esse material.

E terceiro: o grande número de músicas do segundo álbum , o Favourite Worst Nightmare, tocaas no show. Se equivalendo ao número de tocadas do Suck It And See, o álbum da tour.

O show foi bem ao estilo Arctic Monkeys. Com poucas pausas durante as músicas, e algumas interações com o público. Nada muito exagerado, pirotécnico, corridas pelos palcos, “cantem comigo”, etc (apenas alguns trocadilhos e piada do Alex hahaha). Direto, simples, e ótimo!

SET LIST

1.       Don't Sit Down Cause I've Moved Your Chair

2.       Teddy Picker

3.       Crying Lightning

4.       The Hellcat Spangled Shalalala

5.       Black Treacle

6.       Brianstorm

7.       The View From The Afternoon

8.       I Bet You Look Good On The Dance Floor

9.       Library Pictures

10.   Brick by Brick

11.   This House is a Circus

12.   Still Take You Home

13.   Little Illusion Machine

14.   Pretty Visitors

15.   Suck It And See

16.   Do Me a Favor

17.   When The Sun Goes Down

18.   You & I

19.   Fluorescent Adolescent

20.   505

 

PS: Daí muitos se perguntam se podemos tirar esse show como base para o Lollapalooza Brasil. Bom, são shows diferentes. Pois o Lolla é um festival.

Provavelmente teremos algo mais equilibrado entre os álbuns (com exceção do Humbug que não vem sido muito tocado nos shows). E claro, menos músicas, já que 20 são muitas para um festival. Como podemos tomar como base o Lolla 2011, onde os Arctic Monkeys tocaram 14 músicas “apenas”.

TOP 10 Brazucas

SIM! Temos coisas boas rolando aqui no Brasil!!!!!

Bom, este pot é em parceria com o @TockumRock

Daí decidimos fazer assim. Escolheríamos 5 bandas que nós dois concordássemos, e depois cada um faria um top 5 próprio, que fosse mais pelo gosto de cada um e do público de nossos blogs.

Espero que gostem!

Aproveite e visite o blog do Tock Um Rock para ver o TOP 5 dele!


TOP 5 (Indie Shoe e Tock um Rock) 


Vivendo do Ócio

Essa banda baiana já chegou longe e pretende chegar muito mais se depender do ânimo resultante desse ócio criativo. Com um récem álbum lançado/vazado, a Vivendo do Ócio evolui a cada dia. Como diria Marcelo D2 "eles estão atrás da batida perfeita", no caso, da distorção perfeita. 

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Vespas Mandarinas

O objetivo das Vespas é simples: fazer hits. Inspirados em artistas brasileiros da década de 80 como Titãs, Paralamas do Sucesso e Lobão, a banda é formada por Chuck Hipolitho e Thadeu Meneghini nas guitarras e vocais, além dos Sugar Kanes Flávio Guarnieri e André Dea, no baixo e na bateria, respectivamente. A banda irá gravar o primeiro álbum esse ano com a produção de Rafael Ramos. É esperar pra ver!

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Maglore: Com um estilo parecido com Los Hermanos, esse quarteto baiano participoiu de vários desafios e festivais, sempre muito bem classificado. Tocou no Festival de Verão de Salvador mostrando que tem sim rock em terras de axé, assim como seus conterâneos da Vivendo do Ócio.

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Black Drawing Chalks

Essa banda de designers já tocou no SWU e agora vê os resultados chegando cada vez mais rápido. Selecionados para tocar no Lollapalooza Brasil 2012, a banda goiana promete ligar a distorção e tocar bem alto esse stoner rock de qualidade.

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Selvagens a Procura de Lei

Quem disse que em Fortaleza não existe rock? 
Vi um show dos caras aqui em São Paulo, quando eles abriram para a Vivendo do Ócio. A pegada indie rock dos caras é animal! Com letras e melodias em sincronia, os SPDL acharam a fórmula e conseguiram uma vaga no Festival Planeta Terra 2011, que teve a ilustre presença dos Strokes.

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TOP 5 (Indie Shoe)

Sabonetes: Banda curitibana de indie rock,  que apesar de ter sido formada em 2004, surgiu para o cenário recentemente, em 2010, com o lançamento do álbum homônimo à banda. Recentemente tocou no SWU 2011, e fez parceria com A Banda Mais Bonita da Cidade.

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Cambriana:  Com um som que mistura indie pop e chillwave, os goianos da Cambriana acabaram de lançar o primeiro álbum da banda: House of Tolerance. Aposta para 2012!

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Cícero:  Misturando indie folk com MPB, Cícero ganhou espaço em 2011. Produzindo três festas alternativas no Rio de Janeiro, e tocando cover de Strokes e Björk no Beco em São Paulo, Cícero vai ganhando as noites (além de ganhar os ouvidos da galera) Brasil afora.

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Tiê: Música “cute”, assim como ela. Tiê nos traz uma MPB revisistada,não careta, ao juntar o folk ao estilo. Seu primeiro álbum lançado foi em 2009 com o nome de Sweet Jardim. Ano passado teve boa participação nas mídias nacionais.

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Copacabana Club: Banda antiga de praça, mas que só foi lançar seu primeiro álbum ano passado, o Tropical Splash.  Antes do lançamento fazia sucesso com os singles Just Do It e Kings of The Night, conquistando as pistas do Brasil e de fora com o seu “indiepopeletrônico”.

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Resenha: America Give Up

                                               

De Minneapolis, EUA, para o mundo(frase clichê detectada)

Frase clichê, mas que tem tudo para ser verdade. O quinteto que surgiu em 2010, já teve fortes atenções em 2011 ao lançarem dois singles: I Told You Once, e Back of Your Neck.

Muitos os apontavam como uma promessa para 2012, entre elas a famigerada NME.

Com o lançamento do LP America Give Up no início da segunda quinzena de Janeiro deste ano, foi realmente percebido o potencial desses garotos.

A expectativa gerada para o lançamento do álbum foi correspondida com ótimas faixas. Com um estilo principal de surf rock, indie rock e garage, assemelham-se muitas vezes ao The Drums.

Outros estilos são percebidos ao rolar das faixas, como influências de post punk e new wave, de bandas como o A Flock of Seagulls (responsável pelo single I Ran [So Far Away] tão famoso nos anos 80) e do britpop/rock de bandas como The Enemy e The Kooks, percebidas nas faixas Beach Sluts e Back of Your Neck.

Análise de faixas:

Beach Sluts: Abrindo o álbum com o uma música que é a cara da banda. Surf rock que cresce num  garage rock.

America: A com mais cara de post punk/new wave. Vocais mais encorpados e guitarras fazendo um certo “wall of sound” durante os versos.

Wailling (Making Out) : Com bom riffs e gritos à la Julian Casablancas pro final da faixa, é mais uma de destaque do álbum.

Pythagorean Fearem: Mais uma faixa onde os destaques sãos riffs. Desta vez muito bem “fritados” em partes da faixa.

Told You Once: Single que os fez ganhar atenção no cenário. Com um refrão fácil de se cantar, logo logo vai tomar conta das pistas e da boca da galera. Solo bem surf rock.

Back Of Your Neck: Outro single de 2011. Uma das melhores do álbum! Com um som meio britpop/rock lembrando The Kooks e The Enemy, é uma música mais “bonitinha” principalmente pelos backing vocals. Detalhe pro sensacional break (presente só na versão de estúdio) no final da faixa.

Com tour nacional (EUA), e internacional, passando por Japão, Reino Unido, França, Bélgica, Canadá e *DOIS SHOWS NO BRASIL, realmente o Howler chegou chegando. Olho neles!

*Os show no Brasil serão em São Paulo dia 24/02 no Beco 203 e dia 25/02 no Porão do Beco em Porto Alegre.

Ingressos para São Paulo à R$70 : Comprar

Lote promocional para São Paulo à R$50 (+ 10% de tx. de conveniência): Comprar

Ingressos para Porto Alegre à R$30 : Comprar

Ouça abaixo o álbum na íntegra via stream

Kurt Feldman

                                                    

Compositor, produtor, bateristas, vocalista, e multi-instrumentista.

Este é Kurt Feldman, membro das bandas Depreciations Guild, The Pains of Being Pure at Heart (TPOBPAH), e Ice Choir. Fortes nomes do cenário nu gaze. Guardadas as devidas proporções, Kurt Feldman pode ser comparado com Jonny Greenwood devido ao multi-instrumentismo e por ser um músico dotado de muita teoria e “antenado” em novas tendências musicais.

                                                  

Formada em 2005, a banda Depreciation Guild foi a primeira banda de Kurt, onde era (pois acabou em 2011) compositor, guitarrista, programador de efeitos, e vocalista. Da mesma banda fazia patê Cristoph Hochheim que a partir de 2006 iria junto com Kurt para o TPOBPAH. Este como guitarrista de tour, e Feldman como compositor e baterista.

O principal destaque do som da Depreciation Guild é o 8bit (aka chiptune). Trata-se do uso de sons de eletrônicos, em sua maioria vídeo-games de 8bits – daí o nome –como NES e o Game Boy.

O primeiro EP da Depreciation Guild, o Nautilus, foi lançado por uma gravadora especializada em artistas chiptune, a 8bitpeoples.

Visto como uma das principais bandas de nu gaze, o The Pains of Being Pure at Heart conta com Kurt na bateria desde o início. Que auxiliou na criação da identidade musical da banda com influências da Depreciation Guild (com exceção do uso de chiptune).

 Com primeiro lançamento com EP homônimo à banda em 2007 (e que ficou entre os TOP 10 da Billboard no ano de lançamento), o TPOBPAH apresenta desde então um som que une shoegaze com twee e representa uma das bandas de mais importância no cenário nu gaze. 

Seu último álbum é o Belong, lançado em 2011 e que recebeu ótimas críticas. Inclusive uma resenha daqui do Indie Shoe que pode ser lida aqui

Ainda em estúdio, o novo projeto de Feldman é o Ice Choir, onde assume os vocais, programações, guitarras e sintetizadores.

 Pelo single Two Rings, que conta apenas com duas faixas, já é possível saber que aí vem mais uma banda de qualidade. Um misto de shoegaze com eletropop.

A previsão é de lançamento de EP ou LP para 2012.

Vamos aguardar ansiosos. Pois já é provado que pode se esperar coisa boa de onde há Kurt Feldman.

A Room, a Canvas by The Depreciation Guild on Grooveshark

This Love Is Fucking Right! by The Pains of Being Pure at Heart on Grooveshark

Falando sobre: Shoegaze

                                                       

Tendo como berço o Reino Unido do meio para o fim dos anos 80, o shoegaze se originou de variações e derivações que surgiram com o pós-punk e o pós-gótico,  que determinava o declínio dos dois estilos tão fortes no fim de 70 e começo dos anos 80 no mundo.

Com as letras introspectivas e presenças de palco totalmente tímidas por parte das bandas, os críticos da época deram o nome de shoegaze (aka shoegazing) para bandas do estilo pelo fato da timidez de onde os músicos olhavam para baixo, para seus sapatos. Uma outra explicação para olharem para baixo é pelo ligar e desligar dos pedais de efeitos, muito utilizados nesse estilo.

O shoegaze é um estilo de contraste, pois mistura a agressividade das distorções das guitarras com um melancólico e melódico vocal. Muitas bandas contavam/contam com vocais femininos, sejam de apoio ou principal, sendo esse mais uma característica do shoegaze.

Outro aspecto é a não utilização da bateria eletrônica, muito utilizada na época por muitas bandas, devido ao grande movimento do eletro pop (com bandas como New Order, Eurythmics, Pet Shop Boys, entre outras), e sim da bateria acústica, voltando então ao tradicional do rock.

Um elemento de grande importância para o surgimento do estilo foi a C86 (já comentada por aqui), que trouxe a sonoridade que ainda estava sendo construída – com base num certo revival do jangle pop, caracterizado pelas guitarras mais harmoniosas e “soft”, somado a elementos do pós-punk-  que se pegaria de referência e influência para bandas que se tornariam principais referências do estilo shoegaze, como, Ride, Slowdive,  Lush(que mais pra frente acabou indo para o estilo britpop), Jesus & Mary  Chain ,My Bloody Valentine, e The Pastels,. Sendo estas três últimas as de maior influência para as demais citadas, principalmente com o álbum Psychocandy de 1985, e Isn’t  Anything  de 1988– álbuns de estréia do My Bloody Valentine e Jesus & Mary Chain, respectivamente.

Atualmente, o shoegaze vem tomando força com um revival. Algumas bandas ainda mantém a sonoridade mais fiel  ao shoegaze das principais referências, como é o caso do Black Rebel Motorcycle Club, The Faunts, e o The Black Ryder. Outras vêm adicionando algumas mudanças, muitas originadas a partir do shoegaze – como o dream pop, chillwave, noise pop e noise rock, e o indietronic –.É dado a essas bandas, o estilod e nome nu gaze (aka new gaze). É o caso de bandas como Ringo Deathstarr (Shoegaze + Noise Pop), M83 (Shoegze+ Chillwave), The Pains of Being Pure at Heart (Shoegaze + Indie Pop/Twee), e  Craft Spells (Shoegaze + Dream Pop)

Curtiu o estilo? Bom ,para ter certeza só ouvindo. Abaixo uma lista de downloads de álbuns para curtir o shoegaze e o nu gaze:

PS: álbuns com “*” tem todos os créditos ao You!Me!Dancing! ( Twitter / Tumblr)

Discografia básica:

*Isn’t Anything (My Bloody Valentine): Download 

Just for a Day (Slowdive): Download

Up for a Bit with the Pastels (The Pastels): Download

Psychocandy (Jesus & Mary Chain): Download 

Novas bandas:

*Colour Trip (Ringo Deathstarr): Download

*Saturdays = Youth (M83): Download

*The Pains of Being Pure at Heart (The Pains of Being Pure at Heart): Download

B.R.M.C (Black Rebel Motorcycle Club):Download

Resenha: Neander (Black Cold Bottles)

                                                 

Estreando com o EP Neander, os paulistas do Black Cold Bottles chegam com um som shoegaze, indie/rock, e com um pouco de blues rock. Horas com o vocal masculino, horas com o vocal feminino, as faixas vão se tornando dinâmicas sempre mantendo o bom nível musical tanto técnico quanto para os ouvidos.

 

Influenciados por bandas como White Stripes, Black Rebel Motorcycle Club, e Red Hot Chili Peppers – como dito pelos próprios integrantes –, a banda consegue extrair bem o que há de bom em suas influências ao ponto de criar um som próprio de muita qualidade.

Primeiros passos de uma ótima banda do cenário nacional que tem tudo para dar certo. Olhos e ouvidos neles!

 

Análise das faixas

  

  • Black Heart: num clima de progressivo, à la Pink Floyd, a faixa vai te levando de maneira intimista até o refrão de vocal setentista, que com um uníssono vocal eleva a canção.Detalhe para o original solo de escaleta.

 

  • Light-Minded Love Song : a mais shoegaze de todas as faixas. Vocal levemente soturno com riffs distorcidos e graves de guitarra que se repetem pela música toda. Mais à frente, se somam com a bateria e outra guitarra trazendo mais força à música. Depois se acalma novamente para finalizar a faixa. Seguindo as principais referências do estilo.

 

  • Cloudy Morning Blues: Guitarras distorcidas levemente palhetadas e um vocal feminino suaves no início e que explodem ao fim da faixa, sabendo dosar entre o sublime e o agressivo do rock n roll.

  

  • Surgery Intervention: Com bons riffs de blues rock, a faixa conta mais uma vez com vocal feminino. Mostra que com simplicidade também se faz boas músicas.

 

  • Silica: O forte da faixa é o swing da linha de baixo que acompanha boa parte da faixa que, é completado com uma guitarra e um refrão exaltado, dando um ótimo contraste.

 

Ouça o EP pelo Soundcloud da banda: Neander

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C86


                                                    

Inglaterra 1986.
País e ano de onde surgiu o que seria para muitos o startup do movimento indie.
A conceituada revista New Musical Express (mais conhecida como NME) fazia mais um de suas coletâneas de novas bandas do cenário britânico.
No passado, meados dos anos 70, artistas do mundo da música já haviam tentado consolidar-se independentes. Porém, as grandes gravadoras como a EMI obtinham muito poder de mercado e isso não foi viável no momento.
Juntamente com a C81, a C86 teve papel fundamental no início de selos independentes no mundo da música, utilizando-se do DIY (Do It Yourself) que fervia devido ao movimento punk tão aflorado nos anos 80.
A independência de gravadora foi fundamental, principalmente como meio de se evitar a Indústria Cultural. Essa se trata de intervenções na criação artística seja musical, ou não, por parte de gravadoras e emissoras para que o conteúdo se adéqüe a algum formato que vise maior rentabilidade e lucratividade para essas instituições. O que acaba interferindo na composição, fazendo com que artistas não estejam livres para compor o que lhes é de vontade.
Com guitarras mais melódicas, vocais intimistas ecoantes  (e horas mais agressiva),  sintetizadores, e  xilofones,  a C86 é tida por muitos como palco de nascimento do indie pop  e suas derivações, como o shoegaze. Bandas como Primal Scream e Pastels, que fazem parte do cassete, são duas das principais bandas a obter maior sucesso –  de Slowdive, Lush e Ride iriam se buscar inspirações, e mais futuramente (direta ou indiretamente) o Belle & Sebastian, Camera Obscura, Architecture in Helsinki , Silversun Pickups, Grouplove........
Foi através desse cassete que o movimento e o termo indie surgiram.  Que os selos independentes, que passaram pelo movimento grunge com a Subpop , ganharam mais força de mercado. E que o indie pop, dream pop, twee, shoegaze, e o nu gaze existem.
Ta aí, uma “simples” cassete com 22 faixas que possui uma importância enorme para o cenário fonográfico. Principalmente o indie.
Agora é só baixar a C86, colocar seu fone de ouvido, e enjoy. Por que além de ser importante, a C86 é também muito boa!
Abaixo a lista das faixas da C86 seguida de uma playlist da cassete
LADO A
1.       Primal Scream - "Velocity Girl"
2.       The Mighty Lemon Drops - "Happy Head"
3.       The Soup Dragons - "Pleasantly Surprised"
4.       The Wolfhounds - "Feeling So Strange Again"
5.       The Bodines - "Therese"
6.       Mighty Mighty - "Law"
7.       Stump - "Buffalo"
8.       Bogshed - "Run to the Temple"
9.       A Witness - "Sharpened Sticks"
10.   The Pastels - "Breaking Lines"
11.   Age of Chance - "From Now On, This Will Be Your God"
LADO B
1.       The Shop Assistants - "It's Up to You"
2.       Close Lobsters - "Firestation Towers"
3.       Miaow - "Sport Most Royal"
4.       Half Man Half Biscuit - "I Hate Nerys Hughes (From The Heart)"
5.       The Servants - "Transparent"
6.       The Mackenzies - "Big Jim (There's no pubs in Heaven)"
7.       Big Flame - "New Way (Quick Wash And Brush Up With Liberation Theology)"
8.       Fuzzbox - "Console Me"
9.       McCarthy - "Celestial City"
10.   The Shrubs - "Bullfighter's Bones"
11.   The Wedding Present - "This Boy Can Wait"


Abecedindie

Não sei por que, mas achei legal fazer um abecedário com bandas indie. Como o foco do Tumblr e do perfil do twitter é shoegaze e indie pop, coloquei bandas desse estilo.

E claro, MUITAS ficaram de fora, já que é só uma por letra.

Enfim, espero que gostem, e que seja útil para conhecer bandas que ainda não conheçam. 

PS1: Cada banda tem um link para uma música no Youtube para conhecerem melhor.

PS2: Não me lembrei de NENHUMA banda indie com a letra "Q". 

A-Air Formation

B- Belle & Sebastian

C- Camera Obscura

D- Depreciation Guild, The

E- Engineers

F- Friends

G- Grouplove

H- Howler

I- I'm From Barcelona

J- Jesus and Mary Chain

K- Kings of Convenience

L- Lush

M- My Bloody Valentine

N- National, The

O- Of Monsters and Men

P- Pains of Being Pure at Heart, The

Q- 

R- Ringo Deathstarr

S- Slowdive

T- Two Door Cinema Club

U- Unicorns, The

V- Vampire Weekend

W- Wye Oak

X- xx,The

Y- Yuck

Z- Zutons,The

Revelação do Ano

Com um pouco de anos 80 com o shoegaze, um pouco de noise dos anos 90. É assim que se forma o som da banda que foi a Revelação do Ano de 2011. Surgido em 2009 em Londres, composto por Daniel e Max(vindos da banda Cajun Dance Party), Mariko, Jonny, e Illana no apoio vocal, o Yuck  chegou com tudo no ano de 2011. Lançou o seu primeiro LP, homônimo,  em fevereiro  e conquistou as críticas e públicos. Desde os mais saudosistas que enxergaram o Sonic Youth e o Dinosaur Jr. (e estão corretos), quanto os que procuram por novidade, encontrando um som muito bem composto pelo quarteto/quinteto.

                                                 

Como dito, o Yuck possui fortes influências de bandas de noise rock do final dos anos 80 e começo dos 90, como o Sonic Youth, como pode ser notado nas faixas Get Away, e Holling Out.

Com guitarras distorcidas ao máximo, e com rapidez enfurecida, essas faixas trazem também letras para serem cantadas juntas enquanto se entra no espírito noise pop.

Além dessas influências, a banda possui tendências de shoegaze como as de My Bloody Valentine e Slowdive, bem perceptíveis em Stutter e Suicide Policeman. Músicas para se ouvir, relaxar, e viajar junto.

Na verdade, o álbum também nos apresenta outro lado musical além desses dois citados, o do dream pop percebido, em Shook Down, e Georgia, que foi o primeiro single lançado pela banda ainda em 2010 e que já fazia o público esperar por mais material da banda.

Com tanta ânsia por novidades já em 2010, não era de se esperar menos, 2011 foi o ano para o Yuck. Aparição em várias listas de álbuns do ano de blogs e revistas, agenda lotada para shows em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil.

Sim, eles tocaram aqui no Brasil em junho no Puma Social Club #3 em São Paulo. Porém, o evento foi restrito para convidados e até mesmo pouquíssimo divulgado e coberto por blogs e revistas. A expectativa é de que eles retornem sim para cá em 2012. Basta acharem uma brecha na apertada agenda.

É por trazer de volta o melhor do shoegaze e do noise rock/pop, e misturar com o dream pop, fazer um excelente álbum de estréia aguardado por alguns - mas que agora adorado por vários - e por isso ser apenas o começo, para o que tudo indica, uma ótima carreira já para se começar em 2012, é que o Yuck é a Revelação do Ano!

Banda do Ano

Resolvi criar um post sobre a “Banda do Ano”. Antes de tudo vou explicar o que esse “título” significa. Não é que é a banda que mais vendeu discos, a banda mais tendência/hype, nem a banda que mais tocou no Letterman. É a banda que mostrou peso, conteúdo nos seus trabalhos e que firmou mais forças no cenário Indie.

Daí vocês podem me perguntar: "Poxa, mas daí você exlcui as bandas novas."

Sim, e não. Não, por que vou fazer logo mais um post sobre a “Revelação do Ano”. Acho que até semana que vem estará aqui.

Enfim, a banda que escolhi para esse título foi esta:

                                                 

Seja você fã da banda ou de indie rock, ou não, sabemos da importância que essa banda teve para chegarmos aonde chegamos com o cenário Indie.

Lá no começo da banda, 2002-2005, graças ao (praticamente finado, ao menos para usuários comuns, sem serem bandas) My Space, Alex, Jamie, Matt e , na época, Andy, despontaram com o single I Bet You Look Good on the Dancefloor.

A partir daí a banda foi ganhando espaço, mas sem fechar as portas abertas para as novas bandas, que foram se utilizando dos mesmos meios para ganhar notoriedade seja do público, seja das gravadoras.

Desde o sucesso com recorde de vendas em um lançamento para Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, e com a continuidade sonora com Favourite Worst Nightmare, onde em ambos, a banda possuía um som mais garagem, com levadas dançantes de indie rock, os Arctic Monkeys se firmavam no cenário até certo ponto “mainstream”, junto com Strokes, Franz Ferdinand e outros pioneiros.

Em 2009, com a produção de Josh Homme (Queens of the Stone Age), os Monkeys tiveram uma brusca mudança de estilo, trazendo um ar mais encorpado no som, mais denso, fugindo da levada dançante dos discos anteriores.As críticas foram tanto positivas, vendo um amadurecimento da banda, quanto negativa, para fãs do estilo anterior que só viam Cornerstone como uma das músicas que lembravam os antigos álbuns.Mas uma coisa foi unânime: para onde estariam caminhando os Arctic Monkeys?

A espera pela resposta durou até este ano, quando lançaram o novo álbum Suck It And See.

Após abrir portas para a cena indie, criar álbuns que foram tocados, comprados  baixados por muitos, chegando a recorde de vendas em lançamento, passando por busca de identidade com novo produtor (e renomado artista), eis que chega um dos álbuns do ano: o Suck It And See.

Este álbum traz belas composições como Reckless Serenade, Love is a Laserquest, e a homônima Suck it And See. Fora as B-Sides como Evil Twin muito bem compostas e que poderiam ser facilmente faixas do álbum.

E por isso tudo que uma banda de importância forte para o cenário indie, e que além de tudo citado, produziu um dos melhores álbuns do ano, e quiçá, o melhor de sua carreira toda, é que os Arctic Monkeys recebem o título de “Banda do Ano”.

Resenha: Belong (The Pains of Being Pure at Heart)

                                                  

Belong

Segundo LP da banda nova-iorquina The Pains of Being Pure at Heart (TPOBPAH), Belong  foi lançado  no final de Março deste ano. Mas com sua enorme qualidade, é ouvido por vários fãs da banda e do gênero desde Março até agora.

Ainda fazendo um nugaze de qualidade, graças ao saber dosar muito bem a “fofura” do dream pop  e do twee com as distorções e vocais ecoantes do shoegaze, Kip, Peggy, Alex, e o genial Kurt, trazem ao público um dos melhores álbuns de 2011.

Comparando com o LP anterior, o homônimo à banda, Belong traz um ar mais intimista e emocional tanto em suas letras quanto no ritmo. Dizer que são distintos e que Belong traça uma nova fase da banda é equivocado. Ambos os álbuns trazem faixas com mesmas temáticas: busca pelo amor e momentos de felicidade. Porém é evidente o ar mais emocional do segundo LP.

Algumas faixas de destaque:

  • ·         Heaven’s Gonna Happen Now: Fofa. De refrão que faz todos cantarem junto, e com um riff no meio e final da faixa ao maior estilo The Cure, Heaven’s Gonna Happen Now é com certeza uma das melhores faixas compostas pela banda desde o lançamento do primeiro EP.
  • ·         Heart In Yout Heartbreak: Já lançada como single em 2010, esta faixa traz um letra brilhantemente composta. Atenção para a pausa próxima ao final da música que depois retorna com tudo para o clima da música.  Bela composição.
  • ·         Strange: Faixa de maior contraste com as demais do álbum. Possui um ar mais shoegaze do que o nu gaze característico da banda. Mas sem deixar de lado o toque de dream pop. Fecha muito bem o álbum.

Os TPOBPAH chegaram a uma maior maturidade musical com o Belong, criando faixas com letras mais elaboradas e de proximidade com o ouvinte. As mudanças desde o lançamento do primeiro EP até agora mostram a evolução da banda, mas que nunca apresentou um som ruim. Daí um dos motivos de enorme aposta pela mídia fonográfica nesta banda para 2012.

Resenha: Father, Son, Holy Ghost (Girls)

                                                      

Father, Son, Holy Ghost

Não é pra menos que muitos estão colocando esse álbum em suas listas, sejam de blogs ou de compras.

Father, Son, Holy Ghost é um disco que trás ótimas letras e uma mistura bem orquestrada e dividia de estilos.  Com vocais, hora intimista, hora agitado, o band leader Christopher Owens consegue criar um álbum que poderia ser dividido em três partes:  o bom indie pop – como Honey Bunny e Alex; as longas e bem trabalhadas baladas – como Just a Song e Forgiveness ; e as “híbridas” – Die e Vomit.

Algumas faixas de destaque:

  •  Honey Bunny: baladinha indie pop com levadas iê-iê-iê misturadas a um clima intimista setentista no meio. A primeira faixa do álbum já vem para trazer o ouvinte para dentro do álbum.
  •  Die: Logo de cara distorções que se somam com um rufar de bateria e dão início a um riff de guitarras que vai evoluindo, e junto com os o vocal impulsivo de Christopher, coloca uma pista para dançar. Até quando a música se acalma e te prepara para a próxima faixa Saying I Love You.
  • Vomit: Na minha opinião, a melhor música do álbum. Uma música dinâmica que te faz viajar junto. Forte influência do progressivo, como Pink Floyd, é facilmente notável nessa faixa. Um começo calmo que vai ganhando força até chegar a seu ápice com os backing vocals psicodélicos que lembram muito os de The Great Gig in the Sky

Vale a pena ouvir este álbum, seja você fã ou não de Girls ou do gênero. Até por quê, possui muitas influências clássicas que com certeza você irá gostar.

(Ainda dá tempo de pedir de Amigo Secreto, hein?)