sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Resenha: The Cribs




Apesar de não ser fim de semana, nem feriado, nesta noite de quinta-feira o Beco 203 em São Paulo estava com casa quase cheia para ver os irmãos Jarman tocarem seu Garage Rock com toques Pop. O The Cribs voltava, dessa vez trazido pela Playbook, depois de um ano ao Brasil, por sinal à mesma casa, para mais uma apresentação, dessa vez contando com músicas do disco In The Belly the Brazen Bull, lançado no começo do ano.


Mas antes da banda subir ao palco, David Jones - guitarrista da banda Nine Black Alps,e de apoio do Cribs - subiria ao palco para tocar quatro canções, incluindo Unsatisied, uma das mais conhecidas de sua banda.


Logo em seguida, a atração principal já chegou com pique, e tocou em seguida as três músicas de abertura. A primeira da sequência foi o hit Come On Be A No-One. A banda só foi tomar fôlego e dizer boa noite ao final de Dirts Like Mystery, dizendo “Boa Noite Sao Paolo (sic)” em um português esforçado. Os fãs mais antigos da banda abriram o sorriso mais a seguir, quando o quarteto tocou a embalada I’m a Realist que compõe o consagrado Men’s Needs, Women’s Needs, Whatever.


O show apesar de oscilar algumas vezes, sempre tinha algum elemento de fúria e energia, seja com Ross, baterista, tocando quase que em pé, apoiando-se no banco da bateria durante boa parte de uma música, ou com os gêmeos derrubando e chutando os pedestais de microfone, elevando a temperatura do show.


Um dos pontos altos do show ficou com a música Back to the Bolthole que com suas guitarras sublimadas com phaser somadas a vocais amenizados e intimistas , criava uma bonita atmosfera em meio ao jogo de luzes, trazendo um ar interessante diferente do garageiro e  noise presente no show.  


Por falar em Noise, eis que o Cribs ganha mais um integrante durante a sua apresentação.. Tratava-se de Lee Ranaldo, do Sonic Youth, que apareceria no telão para declamar declamar a letra da ótima Be Safe, enquanto em alguns momentos apresentava objetos aleatórios como câmera fotográfica, pedras, cabeça de manequim e vinis. Apesar de ser um elemento utilizado desde de 2008 pela banda em suas apresentações ao vivo, com certeza é um ponto alto do show e sempre esperado pelo público.


Chegando ao final do show, a banda tocaria Hey Scenesters, e o hit Mens’ Needs, colocando o público inteiro para cantar e pular. A cereja do bolo viria a última música, City Of Bugs, encerrada com um jam de noise e mais guitarra e pedestais arremessados e chutados.


Apesar das poucas interações e de oscilar na intensidade do show, começando com muita energia contagiante e só voltando a empolgar o público no final, o The Cribs fez um show na média, empolgando mais ao fãs, e não chegando a contagiar os novos ouvintes. Entretanto, fizeram uma apresentação tecnicamente redonda, executando todas as faixas muito bem, dando qualidade ao show. Valeu a quinta-feira do público.  


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Promoção: Ingresso para a 4ª Edição do All Folks Fest




Neste sábado (01/12) teremos a 4ª edição do festival All Folks, que nos proporcionará ótimos shows de Folk/Folk Rock.  (Para saber mais sobre o lineup e sobre o festival, confira aqui o aquecimento especial)

E que tal ir DE GRAÇA e com direito a um acompanhante para esse festival, que promete ser divertido e animado?

Basta seguir o Indie Shoe e o All Folks Fest no Twitter e dar RT neste tweet e torcer! O resultado sai às 14h dessa sexta-feira (29/11).


Dica: Garanta sua participação dando RT tanto pelo botão quanto manualmente (copiando e colando o tweet) assim evitando erros do sistema, o qual não temos responsabilidade em sua operação ou possíveis falhas.



Fique com um pouco de The Outside Dog para te fazer ficar com mais vontade ainda de ir no festival:




Regulamento: 
1) Para participar deve-se seguir ambos os perfis no Twitter: Indie Shoe e All Folks Fest
2) O participante, assim como o acompanhante, deverá ter 18 ou mais, devido à censura do evento.
3) Não está incluso transporte ou qualquer outro tipo de gasto do participante. Apenas será sorteado o ingresso para a entrada no evento.
4) O acompanhante deverá ser apresentado junto com o vencedor no momento de entrada no evento.
5) É necessária a apresentação do RG do vencedor na entrada do evento para a comprovação de seu ingresso.
6) O vencedor será contactado por Twitter e deverá passar seu nome completo

Aquecimento: 4ª Edição All Folks Fest




    Fique tranquilo! A saudade está para acabar. A 4ª Edição do All Folks Fest está chegando, é nesse sábado dia 1º de Dezembro, para já começar o mês com o pé (com botas, é claro) direito! Durante esse anos de 2012, três dições se passaram, reunindo várias bandasque marcaram o festival, como Phillip Nut, Phillip Long, Gilmore Lucassen, Monoclub entre outras, sempre entregando para o público um Folk/Folk Rock de classe.




    Nessa quarte edição, não será diferente. Lançando seu EP, intitulado Silence is Golden, e retornando para o All Folks, o irlandês Johnny Fox promete fazer o público se emocionar, assim como fez em sua passagem pela edição de número dois do festival com seu Folk com um toque Lo-Fi que encantou o público fazendo todos entrarem numa atmosfera a parte envolvente e tocante.





    Os donos da festa do The Outside Dog estarão mais uma vez presentes e dessa vez ainda maiores. Acaba de entrar no grupo o compositor Rafael Elfe que assume violão e divide vocais com Pedro. É hora também do público além de matar saudades das canções do disco de estreia, mas também de conhecer um pouco mais do trabalho novo da banda, com suas canções escrita em português.





    E o All Folks ainda vai ganhar atração circense! O quinteto Mustache e Os Apaches sai das suas apresentações de ruas e vêm par ao palco do festival trazendo suas apresentações improvisadas e teatrais onde o banjo, bandolim e contrabaixo dão voz a essa apresentação.





    Outra atração é o  The Leprechaun, que lançou seu disco de estreia esse ano, e ganhou espaço no festival para apresentar ao público presente sue som que mistura Folk com música tradicional irlandesa. Promessa de muita energia e animação que irão fazer do público gostar do trabalho dos estreantes.




    Nada melhor que iniciar o mês de despedida de 2012 com os amigos com muita animação, num lugar extremamente convidativo e agradável  e regado a bebidas, petiscos e Folk de qualidade. Por isso, não perca!

Serviço

Data: Sábado, 1º de Dezembro
Horário: 21h
Local: Centro Cultural Rio Verde (Rua Belmiro Braga, 119, Vila Madalena, São Paulo)
Ingressos: R$ 20 até meia-noite (as entradas só serão vendidas na hora); R$ 25 após a 0h
Censura 18 anos
O estabelecimento aceita todos os cartões e possui acessibilidade para deficientes físicos


sábado, 24 de novembro de 2012

Aquecimento: The Cribs

Mais uma vez, a Playbook traz um show pelo processo de crowdfunding, onde você, e a parceira Jack Daniel's (que bancou meta da da cota) tornaram esse evento uma realidade! Nesta próxima quinta-feira (29/11) a cidade de São Paulo vai receber o show do trio garageiro The Cribs em uma noite de rock com muita energia, agitando o público no Beco 203. 

Vindos da terra da rainha, Inglaterra, os irmãos Gary, Ryan e Ross compõe a banda formada em 2001, e que foi uma das que marcaram o que se chama de cena Garage Rock, assim como os conterrâneos The Libertines.  Apesar de não terem a visibilidade tão grande quanto a destes, suas guitarras agressivas e baterias marcantes lembrando o Punk Rock,  faz do som do The Cribs uma ótima pedida para se ouvir bem alto e dançar sem medo não ficando atrás de outras bandas do estilo.




A banda traz na bagagem cinco álbuns de estúdio, contendo o tão bem criticado Ignore the Ignorant de 2009, que chegou a alcançar nada mais que a oitava posição das paradas britânicas! Além disso, agora é  a chance do público brasileiro ouvir ao vivo as novas músicas que compõem o novo álbum, o In The Belly of the Brazen Bull, lançado em Maio desse ano.

Presentes nos festivais Coachella e Glastonbury de 2007, e Leeds and Reading de 2012, a banda já tocou junto de nomes como Sex Pistlos, em um show em homenagem aos 30 anos do único e marcante disco da banda punk, e já contou com Jhonny Mar, ex-guitarrista dos Smiths como membro da banda de 2008 à 2011, onde Marr saiu para fazer sua carreira solo.


Juntando toda essa bagagem e hits como The Wrong Way To Be,  Mens' NeedsCome On, Be a-No One, o The Cribs promete fazer da pista do Beco nessa quinta-feira uma explosão de energia, colocando todo mundo pra dançar e cantar junto com os caras. Fica a dica!




Serviço:

Data Quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Local: Beco 203 – Rua Augusta, 609 – Consolação, São Paulo
Abertura da casa: 22h
Ingressos: R$ 70,00 inteira / R$ 35,00 meio (1º lote)
Onde comprar e informações: www.playbook.com.br
Lomography Gallery Store - Rua Augusta, 2.481, Jardins
Circus Hair - Rua Pamplona, 1.115, Jardim Paulista
Locomotiva Discos - Rua Barão de Itapetininga, 37, Loja 51, Centro
Beco 203 - Segunda a sexta-feira, das 14 às 18h
Participações especiais: DJs Gabriel Machuca e Junior Passini (Rock’n’Beats)


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Passaporte Indie Shoe: Japão e o Post-Rock

Coluna nova estreando! 
O Passaporte Indise será uma coluna dedicada a trazer bandas e artistas de países que fogem dos centros mais comerciais e mainstream, como EUA e UK, buscando mostrar que países mais distantes de nós - seja em quilômetros ou por não estarmos acostumados a ouvir o som de lá - também produzem música boa e também não possuem apenas a sua música tradicional, que nos é tida como única sonoridade daquela terra. 

Para estrear, o primeiro carimbo no Passapote Indie Shoe é para a Terra do Sol Nascente: JAPÃO

A musica japonesa acaba sendo estereotipada no mundo ocidental. Uns enxergam a musicicalidade do pais restrita ao Enya, música tradional e milenar japonesa, tocada com instrumentos da era Imperial de séculos atrás e que até hoje praticada e tocada em festivais e celebrações. Para outros, a música japonesa é o J-Pop e o J-Rock e suas variáveis, como o Visual Kei, que trata-se na verdade de uma maneira de se vestir mais do que proprieamente um estilo de música. Visual esse que faz as pessoas olharem com olhos de espanto, já que essa caracterização de certo modo bem chamativa está não só nos palcos com os artistas, mas com os fãs nas ruas.

Infelizmente, países mais comercialmente distantes de nós acabam sendo ofuscados com os esteriótipos. Porém, você fã de Post-Rock pode abrir o sorriso no rosto, pois na mesma terra do Enya e o J-Pop há ótimas bandas do estilo. 

A primeira delas é a Mono:


A banda foi fundada em 1999 em Tokyo e possui 6 álbuns de estúdio, sendo o último, For My Parents, lançado agora em 2012. O som do quarteto mistura Post-Rock, Noise e elementos da Música Clássica. 
Totalmente instrumental, a banda passa em suas músicas uma sonoridade incrível, com costumeiros altos e baixos no decorrer das faixa que fazem o ouvinte sentir as mais diversas emoções.







Mais uma banda da capital japonesa, dessa vez um trio: Euphoria



Formada por três amigos enquanto cursavam o último ano do ensino médio, isso em 2001, a banda traz um som mais constante, nivelado para o mais calmo e brando e com menos camadas sonoras. 
Poucas informações se têm sobre a banda. O que sabemos entretanto é que a beleza de seu som é marcante e vai conquistar o ouvido de muitos. 





Por fim, um Post-Rock bem agitado: te'



te', TÉ, té, enfim, muitas grafias podem aparecer para se referir à essa banda que traz um toque mais agressivo e roqueiro ao Post-Rock/Math Rock.
Muito bem criticada, a banda é de 2004, tendo seu disco de estréia lançado em 2005, tendo o mesmo lançado nos EUA em 2006. 
Uma bateria, duas guitarras e um baixo e nada mais. Basta isso para que te' passe com suas músicas de nomes enormes (e todas em japonês, daí vai de acreditar no que o tradutor nos diz) uma mistura de sentimentos que envolve, acalma, energiza. 




Dizer que o Japão se limita à músicas teens e ao tradicionalismo é um heresia. Nada melhor do que um estilo tão complexo e de difícil execução como o Post-Rock para ser apresentada com a destreza nipônica. Mais três excelentes motivos para você ficar de olho na cena independente japonesa.