quinta-feira, 18 de julho de 2013

Nova Faixa: Friends - The Way



Após o relativo sucesso do disco de estreia lançado ano passado, Samantha Urbani e seus amigos (com o perdão do trocadilho) da banda nova iorquina Friends, lançam nova faixa, intitulada The Way.


O quinteto deixou um pouco de lado a sonoridade mais agitada que víamos em Maniefest! e se dedicou a uma balada, ou power ballad como os mesmos a chamaram. Se o grupo vai tomar essa nova roupagem para seu novo disco, ou se foi apenas uma nova experimentação ainda não sabemos. Só nos resta esperar.



Nova Faixa: Yuck - Rebirth



Eis que temos o primeiro contato com o "novo" Yuck, que agora se apresenta em forma de um trio após a saída do vocalista Daniel Blumberg há pouco mais de um mês atrás.

A música se chama Rebirth - título esse que soa como uma menção a um renascimento da banda, que agora toma novo rumo devido a nova formação, com Mariko se mantendo no baixo, Jonny na bateria, e a novidade, Max Bloom se dividindo entre a guitarra e o microfone.

A faixa vem com uma levada mais apegada ao Shoegaze do que ao Noise Rock/Noise Pop do primeiro álbum, porém ainda mantendo a qualidade e nos deixando ainda mais instigados e curiosos para conhecer o novo álbum.

Confira:

sábado, 13 de julho de 2013

O Rock Sapatênis



Hoje é dia 13 de Julho, dia tido como Dia Mundial do Rock. Pois bem, uma data um pouco estranha. Afinal, precisamos de um dia para divulgarmos o bom e velho Rock 'n' Roll por aí? Daí entramos naquelas discussões de se é necessário Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, e que tudo cai na ampla maioria dizer que é uma data comercial. E com o Dia do Rock não é muito diferente. 

Surgido como data comemorativa em 1985, ela foi escolhida devido naquele 13 de Julho ter ocorrido o evento Live Aid, que tinha como objetivo arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia, e para isso juntou artistas de renome como Queen, Scorpions, Eric Clapton, entre outros. Curioso é notar que apesar de ser um evento gringo, e o Rock ser um estilo partido das terras do Tio Sam e da Rainha, o tal Dia “Mundial” do Rock só é comemorado por aqui, nas terras tupiniquins - pois é, parece que nós adoramos datas comemorativas mesmo- e começou a ser celebrado principalmente por emissoras de rádio especializadas no estilo por volta do início dos anos 90, que desde então cada vez mais vemos a dissemina um certo Rock pra cá e pra lá ajuda muito nisso. 

E um desses resultados é aquilo que você já está acostumado a ver e ouvir de alguns amigos seus, aqueles que se dizem ecléticos, e que vão em baladas de eletrônico num final de semana, e no Vila Country (ou algo similar aí da sua região) no outro, e sempre tem um CD do Exaltasamba no porta-luvas do carro: “Eu curto Rock também, olha só”, e coloca With Arms Wide Open do Creed para tocar. 

Trata-se do Rock Sapatênis

Podemos contar facilmente na mão alguns nomes de bandas que tem aquele Rock mais farofado (e não estou me referindo ao Metal Farofa, como Poison, Mötley Crüe e Cinderela. Isso é outra história), como Creed, Matchbox Twenty, Lifehouse, Live, The Calling, 3 Doors Down, Hoobastank, Three Days Grace e Nickelback, que vários colocam como as bandas de Rock que ouve, ou a sua “cota” de Rock entre as outras coisas que escuta. 

Não estou de maneira alguma dizendo que não se deve ouvir de tudo. Cada um faz o que quer e o que gosta. Somos livres para tudo. Aliás, quem de nós não ouvia tais bandas lá na primeira Rádio Rock, por volta dos anos 2000, (ou algo similar da sua região), com nossos 12 anos de idade e achava isso super legal, super Rock? Pois bem, mas a gente cresceu. E junto de nosso crescimento, pegamos (um pouco que seja) de senso crítico, e percebemos agora que não se trata de algo de muita qualidade. Se até mesmo os fãs do Creed já processaram a banda por não terem achado boa a qualidade de um show, é de se ficar atento. 

E hoje, no dado “Dia ‘Mundial’ do Rock”, podemos olhar nossas timelines de Twitter, e principalmente de Facebook, e notarmos vários clichês como Aerosmith, Guns ‘n’ Roses, Queen, etc, que mesmo clichês, tem sua relevância e qualidade, mesmo que alguns possam não gostar de alguma banda em específico. Porém, olhe com atenção e verá alguém postando um Rock Sapatênis em “homenagem ao Dia do Rock”. 

E não tem nem muito como culpar esses amigos que postam tais bandas. Para eles, isso é Rock, ainda mais pelo que os cerca nos fones todos os dias, seja ele colocando um Sorriso Maroto antes de ouvir Nickelback - e achar “top” - ou pelas rádios que veiculam tais artistas com o rótulo de Rock logo depois de tocarem a nova do Black Sabbath. E quem pensa que o Rock Sapatênis morreu, se engana. Vide os shows de Nickelback e Matchbox Twenty que vão acontecer no Brasil nos próximos meses. 

Não se trata de um julgamento de quem ouve, ou de quem produz esse tipo de música. Somos livres, inclusive para criticar e não querer ouvir. Trata-se apenas de uma observação dos rumos que o nosso velho Rock vem tomando na mente de boa parte da juventude. Principalmente daquela mais alheia ao mundo musical, e que toma por essas bandas como exemplos do tradicional estilo, e as utiliza como ilustração para a sua dose de Rock, que na verdade deixa de lado a atitude, a mensagem de rebeldia, e veste camisa pólo e sapatênis, e fala de dores no coração e super herois em meio a uma instrumentalização melosa e vocais sussurrantes, cafonas, de dor forçada e artificial, e cantados de olhos fechados  

E sem "Feliz Dia do Rock".

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Inouwee - Dark & White - Resenha



É muito bom quando nos deparamos com bandas - ainda mais quando são novas - que conseguem usar os sintetizadores com a dosagem ideal, sem trazer uma música Pop demais, e enjoativa, que é o que costumamos ouvir com as bandas mais festeiras. E uma dessas bandas, que sabem bem trabalhar com esse instrumento é a dinamarquesa Inouwee.

Recém formada em Copenhague, capital da Dinamarca, a banda - mais precisamente uma dupla - é formada por Kaare Hansen e Signe Marike, e está agora com seu segundo EP, intitulado Dark & White. Assim como seu primeiro EP, Ghosts & Shadows, lançado ano passado, o duo apresenta ao público um Synthpop que sabe oscilar bem entre o lado mais denso e o Pop de uma maneira que resulta em uma sonoridade híbrida, mas muito bem homogênea e coesa.

Com seis faixas, o compacto traz em suas letras temas humanos, como amor, saudade, perda e esperança. E tudo isso instrumentalizado por Signe com sintetizadores e drum machines e algumas presenças de guitarras, e com o vocal melódico e com lirismo de Kaare. Dentre as faixas, podemos destacar Essnce, com suas notas sintetizadas mais graves, dando boa cadência, a mais densa e inibriante Empty Bodies, dona de um refrão contagiante, e a ótima Devil Noise, com boa instrumentação sem ser apenas com a base eletrônica, boas quebras de tempo e com um vocal mais Pop de Hansen, soando como uma mistura entre Metric e CHVRCHES (o que é um elogio). No entanto, apesar dos destaques, todas as seis canções apresentam boa qualidade instrumental, tanto em estrutura quanto em arranjos, e nas técnica vocais  utilizadas e em letras. 

Ao final, vemos um bom potencial em Inouwee, que mostra que mesmo em tão pouco tempo de estrada, sabe como trabalhar bem um Synthpop de um jeito carregada de emoção e sentido em suas letras, o que costumamos não ouvir, e ler, na maioria de bandas do estilo. Agora, é esperar pelo LP de estreia, que se seguir os dois compactos, trará bons frutos. 





quarta-feira, 10 de julho de 2013

Clube Las Vegas - Clube Las Vegas



O sul do Brasil tem se mostrado cada vez mais como um celeiro de ótimas bandas, como The Sorry Shop, The Experience Nebula Room, Audac, Tangerine Elephants, entre outras. Eis então que esse grupo ganha mais um membro. Trata-se do Clube Las Vegas

Formado em Joinvile, Santa Catarina, a banda é formada em 2011 por Sérgio Paralelo, Stenio Souza e Israel Rolim, e tem como estreia o EP homônimo à banda e que foi lançado recentemente de maneira independente. O compacto é formado por seis faixas, todas instrumentais e pautadas no Post-Rock com um pé no Shoegaze. 

O clima que paira ao darmos o play na obra é de transcendência e uma introspecção caótica. Com faixas com títulos escolhidos de maneira precisa, como Envelhecendo Lentamente, A Valsa de Deus, e principalmente Sobre a Brevidade da Vida, o Clube Las Vegas consegue ilustrar a essência humana em forma de som e palavras, que mesmo não ditas nos microfones, é passada ao ouvinte através do título das músicas. 

O trio consegue trabalhar muito bem as linhas de guitarra com efeitos de reverb e fuzz, dando um ar mais nebuloso e característico dos estilos citados anteriormente. Além disso, outro ponto positivo, é a atenção que também é dada à "cozinha" (baixo e bateria), que não são esquecidos ou deixados como coadjuvantes, e mostram boa presença dando marcação e o peso do grave necessário para uma sonoridade holística, como pode ser melhor notado em Oderich

Apresentando-se como uma obra carregada de sentimento e boa apresentação técnica, o compacto indica que o trio catarinense está na direção correta, sabendo como trabalhar os estilos escolhidos para sua sonoridade, e de como passar o sentimento que tais exigem do músico. O caminho está correto, e a expectativa é de que tenhamos ainda mais coisas boas vindo da banda.





quarta-feira, 3 de julho de 2013

Clipe Novo: The Experience Nebula Room - Ignition

Foto: Divulgação/Thiago Iankoski

Fazer som instrumental de qualidade não é pra qualquer um. O ouvinte fica todo atento as construções que os músicos passam em sua música. Porém, os gaúchos da The Experience Nebula Room sabem muito bem como faz isso.

Lançando hoje o primeiro clipe, de Ignition - primeiro single da TENR -  a banda passa em vídeo o ambiente dos campos típicos de região sul do Brasil, que dão um ar de fuga, de saída da zona de conforto, como se o trio caminhasse por aí com seus instrumentos buscando através da música se encontrar - e tudo indica que se encontraram.

Após um ótimo EP de estréia lançado ano passado,  intitulado Happines Is a Live Experience, que mistura Progressivo, Hard Rock, Classic Rock e psicodélico - transmitido apenas com as "vozes" dos instrumentos, o trio já está trabalhando no primeiro álbum, com previsão de lançamento para o início de 2014 - e promete ser ainda mais noventista, com cargas pesadas de reverb e fuzz, ideal para os fãs do barulho típico da década.

Confira o clipe de Ignition:



segunda-feira, 1 de julho de 2013

The KVB Brazilian Tour



Como todos sabem, o The Blog That Celebrates Itself  é famoso por abrigar bandas nacionais e internacionais que fazem um som psicodélico, com bastante noise, camadas de som e tudo isso que nós adoramos. Pois bem, idealizada pelo mestre Renato Malizia, do TBTCI e da Rádio Antena Zero , a banda londrina The KVB desembarca no Brasil em Dezembro, e as vendas antecipadas de ingresso já estão abertas.

Com pouco mais de três anos de existência, a banda - mais precisamente um duo, formado por Nicholas Wood e Kat Day - já tem dois EPs e dois disco de estúdio em sua discografia, sendo o mais recente lançado em Fevereiro. Sua sonoridade passeia entre o Post-Punk, o Darkwave e o Shoegaze, trazendo uma atmosfera densa, encorpada e pra gente grande. 

Pois bem, e é para a turnê desse novo álbum, Immaterial Visions  e também para comemorar os cinco anos do TBTCI, que estão abertas as vendas dos ingressos antecipados para a apresentação da dupla britânica para dois shows em terras brasileiras; um em São Paulo e  outro no Rio de Janeiro, com abertura das bandas Harry e Sobre a Máquina - respectivamente.

Para isso, basta adquirir seu ingresso antecipado para o show de São Paulo por aqui, onde além do ingresso você pode escolher outras opções de compra, onde pode levar recompensas como camisetas, botton e disco do TBTCI.

E atenção, você tem só até o dia 15/07 para adquirir seu ingresso por esse sistema antecipado!

Garanta o seu ingresso! E bom show!




Serviço:

The KVB Brazilian Tour

São Paulo:
Data: 14/12/2013
Local NostroMondo - Rua da Consolação,2554 - São Paulo
Ingressos:  Antecipados R$ 50,00 (compre aqui); Na porta R$ 65,00

Rio de Janeiro:
Data: 13/12/2013
Local: Audio Rebel - Rua Visconde de Silva, 55, Botafogo - Rio de Janeiro
Ingresso: Na porta - R$ 40,00

Resenha: 5ª Edição All Folks Fest - Arraiá

Era dia dele, mas parece que São Pedro não estava muito feliz e soltou água na noite de sábado.Porém, parece que quando ele ouviu os primeiros acordes vindos do Centro Cultural Rio Verde, e a alegria do público vivenciando a 5ª Edição do All Folks Fest deu trégua e se rendeu ao evento. 

Em clima de arriá, o festival Folk que cada vez mais traz público edição após edição, incluiu a temática junina na decoração, brincadeiras e cardápio, e manteve, como sempre, a qualidade musical de seu line up. Dessa vez, as atrações musicais ficaram por conta de Banjamin, The Outside Dog e O Berço

Benjamin
 por Fernando Galassi

Dando inicio às apresentações, o baiano Banjamin trouxe seu som intimista no formato voz e violão. Sem um repertório fixo, o músico disse que busca identificar o clima do ambiente e assim transmitir o seu som na medida em que este pede. E sua leitura foi perfeita. Sabendo identificar o clima intimista, que fez parte do público se sentar no chão e ficar com olhos fixos, Benjamin levou o show de maneira linear e com proximidade com a platéia. Trazendo cinco músicas novas, as quais nunca tinham sido ensaiadas e/ou tocadas ao vivo, e um cover de Revelation Blues Tallest Man On Earth, e ainda citou os paulistanos Cláudio Willer e Roberto Piva, poetas malditos e que, segundo o músico, são duas de suas referências. Ao final, Soldier, faixa mais energética do set list, selou o show do baiano com uma emoção que vinha de dentro, como um grito interior que contagiou o público.

The Outside Dog
por Fernando Galassi

A segunda atração a subir do evento foi a banda The Outside Dog, anfitriã do evento. Já conhecido de todos, o grupo fez o público entoar as letras de suas músicas, inclusive as do novo EP, Outros Caminhos - Parte I, como Dias de Chuva e Esperança. O show ainda contaria com participações especiais, como Bruno Peretti do Monoclub, Gilmore Lucassen e Caio Corsalette, este último cantando um clássico da música brasileira, Romaria. Para o final, mais um cover, dessa vez do músico campo-grandense Almir Sater, com a canção Rasta Bonito fazendo o público cantar junto os gritos de “iê iê”. Tudo isso com muito bate bota.

O Berço
por Fernando Galassi

Encerrando a quinta edição do festival, tivemos a primeira apresentação em terras paulistanas da banda O Berço. Rompendo a tradição, o quarteto deixarou a timidez de lado e palco muita energia com um Folk com boas linhas e riffs de guitarra, dando um aro Folk Rock ao som, que fez o público se animar bastante, fazendo rodas de dança, caminho da roça e trenzinho. Talvez eu Corte Meu Cabelo, canção que estará no primeiro disco do mineiros foi executada, e apresentou um clima Psicodélico, principalmente em seu refrão, soando ao moldes de Mutantes - um ponto mais do que positivo. A banda ainda apresentou covers, como Carry On do supergroup Crosby Still Nash, e A Little Less Conversation, de Elvis Presley e Little Lion Man de Mumford & Sons, que fez o público ir ao delírio. Por fim, após pedidos de bis, mais canções Rockabilly: Hound Dog do Rei do Rock, e Johnny B. Good de Chuck Berry. 

Mais uma vez o festival foi bom em qualidade musical, assim como nas edições anteriores. Dessa vez, tendo menos bandas, o ritmo ficou menos frenético o que fez o público aproveitar, igualmente aos artistas, a atmosfera que o espaço proporciona e que dá o charme ao evento, que cada jpa faz parte de nossa agenda de eventos.