segunda-feira, 9 de abril de 2012

Indie Shoe no Lollapalooza



Pois é, o festival mais esperado do ano aconteceu anteontem e ontem aqui em São Paulo. Trazendo cerca de 140mil pessoas de todo lugar do Brasil, e até do mundo.

 Bom, não vou fazer uma resenha dos shows, vou apenas comentar o que achei de cada um dos que eu vi, claro.

Cage The Elephant



Show obviamente foi animado, com Matt fazendo seus contorcionismos/danças malucas. Tocou hits para animar a galera, como ao começar o show com In One Ear.
Destaque pro mosh, esmagadas de cabeças - ao pisar nas mesmas para fiar em pé na galera, e o quase desmaio de Matt no meio da galera que o sugava e que, posso estar enganado mas acho que vi bem, teve seu tênis "confiscado" pelos fãs. 


Bom show para começar bem o primeiro dia.

Band of Horses

Um show que me surpreendeu! 
Pensei que ia ser muito calmo e sossegado, até certo ponto cansativo,e  acabou sendo o contrário.
Um dos melhores shows que vi no festival. Público interagindo e cantando. 
Show bem coeso. "Redondo" e animado para curtir e cantar junto. Ótimo para um festival.




Foo Fighters

Da maneira que se esperava. Muitos (mesmo) hits e irreverência de Taylor e Dave, que nitidamente não está com nem 70% de sua voz e falhou em muitas vezes durante o show. 
Além disso, houve uma superlotação que já era esperada devido ao esgotamento dos ingressos - muito em virtude de ser a primeira vez deles em São Paulo.


Outros dois ponto interessantes foram a oportunidade de poder ver pela primeira vez no Brasil a presença de Pat Smear, que já havia saído da banda quando os mesmos vieram para cá no Rock In Rio de 2001; e não uma mas duas músicas com a participação de Joan Jett. 
Show para fã adorar, conhecedor curtir, e qualquer um gostar.




Cascadura

Com rock brasileiro de muita qualidade, os baianos do Cascadura deram muito bem "início às atividades do dia".
Muitos fãs vieram de estados como Bahia, Alagoas, e Pernambuco para vê-los, o que demonstra o grande reconhecimento da banda, que já tem 20 anos de carreira e está lançando o 5º disco, no nordeste brasileiro.  E graças ao show no festival, com certeza ganhou fãs por aqui.




Plebe Rude

Mais uma banda nacional e que fez um bom show.
Além das músicas próprias fez covers de Cólera e Clemente e os Inocentes, relembrando as ex-bandas do voclaista principal da banda, Clemente. Além dos covers emendou  um refrão de Geração Coca-Cola, do Aborto Elétrico, no meio de Repressão.

Destaque para a homenagem à Redson, ex-guitarrista e vocalista do Cólera tendo uma música dedicada ao mesmo, e sua imagem nos telões.



Gogol Bordello

Um espetáculo além de show.
Presença de palco sensacional! Músicas pra todos dançarem, e sem ter jeito certo para isso.
Eugene e sua banda punk cigana (mistura interessantíssima e muito boa por sinal) sabem como animar um público mesmo que eles não conheçam suas letras.
Com certeza entre os 3 melhores shows de todo o festival!


Friendly Fires

Nos discos, é legalzinho, mas ao vivo não mesmo.
Com poucas pessoas cantando junto, e apenas as duas primeiras músicas animando o público, o show se prolongou de uma maneira monótona, cansativa, e homogeneamente desanimada.
O show foi tão sem empolgação que mal percebi que havia terminado. Só percebi ao ouvir o sistema de som avisar sobre as saídas de emergência (anúncio padrão após todos os shows do festival).


Garage Fuzz

Acabei vendo muito pouco, apenas 4 músicas. Porém, foi nítido o bom show que fizeram. Público cantando junto e até certo ponto enchendo bem o Palco Alternativo.

Foster The People

O que já era de se imaginar, tocaram o Torches inteiro, e ainda mais umas b-sides.
Público, (ao menos o da frente, onde eu estava) cantando todas as músicas inteiras, e não só os refrões. Muitos falaram que havia muitos fãs "coxinhas". Bom, ao menos lá pra frente não tinha, lá pra trás poderia sim ter os que sabiam apenas Pumped Up Kicks, o que não duvido mesmo.

Show foi realmente animado, e divertido, e acima do que esperava que fosse.
Muito legal Mark Foster ter indo até o pessoal lá do fundo, mostrando importância com todos os fãs.


Destaque pra Pumped Up Kicks remixada no final, que fez o pessoal dançar de maneira diferente.
Muito bom show!


Arctic Monkeys


Como o esperado, cumpriu o que se costuma ver em todos os shows dos Monkeys. Poucas palavras com o público, um show relativamente curto (ainda mais por ser um headliner), e poucas mudanças entre set lists dos shows mais recentes.

Porém, um ótimo show. Todos cantando as letras inteiras e de todas as músicas.
Mesclaram bem as "três fases" da banda, e ainda tocaram b-sides, como a tão esperada e ótima "R U Mine?"

Até tivemos um Alex Turner mais desinibido, até saindo na chuva e indo na passarela para "tomar chuva com o público" como o mesmo disse.


Falta apenas uma melhor presença de palco para os garotos, por que bons eles são mesmo.


No geral foi um ótimo festival, que agregou valor pela experiência num lugar agradável que foi o Jockey Clube. 
Claro que filas são inevitáveis, só precisou mesmo de uma melhor organização para evitar de pessoas furarem filas, termos mais e melhores opções de alimentos, e melhor suporte à rede de cartões (que caiu de sistema no final de sábado), e de sinal de telefonia, que deixou e muito a desejar.
A probabilidade é de melhorar no próximo ano. E tem tudo pra isso.

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