segunda-feira, 28 de outubro de 2013

The xx e Yuck @ POPLOAD Festival 2013





Mesmo com ingressos salgados e numa casa nem um pouco acessível de transporte público, até que a noite de sábado reuniu um bom número de pessoas no HSBC Brasil par ao POPLOAD Festival 2013, que contava com Yuck e The xx como os principais nomes.

Confesso que assisti apenas os shows desses dois grupos citados. E isso já é um ponto a se enxergar como uma possível falha do lineup. Colocar duas apresentações menores após as duas maios esperadas da noite foi pedir para que a casa se esvaziasse após o show do The xx (que foi o que aconteceu). Aldo e o gordinho simpático do Hot Chip, Joe Goddard, tiveram pouco público (assim como SILVA que tocou mais cedo), que preferiu emendar uma balada ou simplesmente ir embora (para os que tinham carro). Podemos entender como uma maneira de o público conseguir ir embora de transporte público até seu fechamento (1h da manhã), mas a distância até a estação de trem mais próxima não era muito rápida de se chegar, e com o show terminando cerca de 0h20, seria bem corrido. 

Enfim, sobre os shows:

Yuck 




De maneira tímida, como já observado em outro shows da banda por aí afora era hora de ver como o se sairia o Yuck em nova formação. Após a saída do frontman Daniel Blumberg a banda começou a passar por sua reformulação, inserindo um novo guitarrista, Ed Hayes, e adaptando as músicas antigas nos vocais. 

Em um show curto - com menos de uma hora de duração - a banda apresentou três músicas do novo álbum - Rebirth, Middle Sea e Lost My Breath. As demais do setlist ficaram a cargo de Age of Consent -um cover New Order - e de composições do disco de estreia, com Get Away, Holing Out, Georgia, Operation e The Wall - está com os vocais ficando para Mariko, fazendo as vezes de Blumberg, o que Max vem fazendo para as demais músicas do primeiro álbum. 

Infelizmente alguns pontos prejudicaram o show. O primeiro deles foi uma questão técnica, já que o som estava muito baixo, principalmente da guitarra de Max Bloom. Outro ponto, foram as pouquíssimas pessoas da plateia que estavam lá para o show do Yuck, o que fez com que a apresentação perdesse um pouco de energia. Para os fãs da banda, apesar da curta duração, o show até que valeu a pena (mas não justificando o alto valor do ingresso). Deu para cantar junto e sentir como a banda está se portando com sua nova formação. Tudo vai caminhando bem para o novo quarteto. 


The xx


Antes de falar do show em si do The xx, falava-se que haveria um grande show de luzes (o que de de fato teve) e que sera esse o principal responsável pelo alto valor do ingresso. Bom, como opinião particular, acredito que não seja algo que o público - se soubesse- escolheria em torca de pagar o alto valor. 

Apesar de pouco tempo de estrada, e de um certo boom recente, o The xx surpreendentemente tem muitos fãs, como foi percebido na noite de sábado. Porém, essa massa parece ter confundido algumas coisas e não soube muito bem como é a experiência de um show de uma banda nos moldes do The xx, ou seja, algo mais etéreo e introspectivo. 

Shows como esse são mais para se sentir, mais de atmosfera. A iluminação, o clima gerado pelos vocais de Romy e Oliver e o gingado dos mesmos faziam do show uma oportunidade de vivenciar aquele momento de ouvir um disco do trio deitado e com headphone em uma experiência ainda maior. 

Entretanto, mais parecia estar num show de uma banda Indie dançante, como Two Door Cinema Club, Phoenix e derivados. O público gritava histericamente a cada início e fim de música, acompanhava com palmas, cantava/gritava alto as letras e dançava como se estivesse numa pista de balada. Tal fato com certeza tirou muito da experiência que a banda poderia passar para o público e assim podendo expandir o que fica sempre limitado para um grupo que é apenas ouvi-lo em versão estúdio. 

Sobre as execuções, foram muito fiéis aos álbuns - de uma maneira positiva - e sabendo distribuir bem o setlist entre os dois discos, deixando oito para cada álbum. ao final, a banda voltou para um bis, onde tocou um dos maiores hits, Intro e fechou com Angels, outra boa faixa.



No apanhado geral, a noite teve shows interessantes, mas que faltou, ou sobrou, energia da plateia, o que influenciou na experiência dos mais chatos (como eu).



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