sexta-feira, 16 de março de 2012

Resenha: Born To Die (Lana Del Rey)

Elizabeth Grant, mais conhecida como Lana Del Rey, esta nova iorquina conquistou os ouvidos – e olhos – de muitos já no ano passado, antes mesmo de lançar o seu álbum.

O motivo foi o grande número de vazamentos de faixas, cerca de quatro, que viriam a estar no álbum Born To Die. O qual por sua vez também teve vazamento e acabou caindo para downloads cerca de uma semana antes da data oficial do lançamento.

Esse “BOOM Lana Del Rey” foi imenso. Várias capas de revistas sejam elas de música  ou de celebridades; participações em programas de TV seja para cantar ou para entrevistas, etc.

A principal característica de Lana Del Rey pode ser entendida como seu vocal aveludado e blasé, que nos remete a grandes cantoras norte-americanas dos anos 60.

Rotular o estilo de Lana é algo não muito fácil. Ela passa por soul, pop, blues, e até mesmo tendências de hip hop como pode ser percebido em  faixas como Diet Moutain Dew. Muito rotulam seu som como indie pop. Bom, não vejo como sendo o mais adequado, mas também não vejo de tão mal.

Born To Die é um disco relativamente longo, com 15 faixas. Onde todas beiram ou superam os 4 minutos de duração, dando assim ao álbum 60 minutos. O que pode torná-lo um pouco cansativo para quem não gostar realmente do estilo.

 

Análise de faixas

·         Off The Races: Uma das melhores do álbum. Apresenta bem a mistura entre o hip hop e o blues presente na voz de Lana. Destaque para o refrão que apresena uma ótima batida e alguns agudos de Lana, que não são muito comuns de se ouvir.

·         Video Games: Primeira música lançada de Lana. E primeira a ganhar vídeo clipe. O que ajudou e muito a inicar o boom, ao associar para o público  a bela voz e a bela cantora. Uma das músicas em que se percebe melhor todo o potencial vocal de Lana, horas com mais força horas mais suave. Uma das melhores do álbum

·         Diet Moutain Dew:  Uma das que mais paresenta a batida de hip hop. Bateria marcante e back vocals típicos do estilo. Aqui Lana apresenta um vocal menos encorpado e mais ritimado. O mesmo é percebido em National Anthem, mas daí com um vocal vezes realmente no ritmo do hip hop.

·         Million Dollar Man: Bem sinestésica. Consegue-se associar muito bem o nome da música, com o som e cria-se perfeitamente um cenário na cabeça do ouvinte.  Million Dollar Man traz bem um ar de requinte e sofisticação trazidos pela voz de Lana nessa faixa. Voz típica de cantoras  de blues das mais provocantes.

·         Lolita: Música mais “dançante” e pop do álbum. Apresenta um ritmo mais rápido, e com batidas eletrônicas juntamente com as batidas já presentes no álbum.  Com refrão soletrado (L-O-L-I-T-A) nem chega a parecer Lana Del Rey.

·         Lucky Ones: Fecha muito bem o álbum tendo um quarteto de cordas acompanhando a voz de Lana, que traz um ar mais sublime a música.

O hype foi crescendo, e o álbum Born To Die está até a data de hoje em primeiro lugar em 11 países!

O álbum é realmente um bom álbum, mas não podemos ignorar que muito desse seu destaque e vendagem é devido a esse hype gerado, ainda mais ao se tratar de um artista que é também fisicamente atraente. E isso vende e muito no mercado – não há como negar. Mas claro que a grande parte do mérito é a incrível capacidade vocal de Lana, que consegue cantar de diversas maneiras, tons, e estilos diferentes. Mostrando-se uma boa “instrumentista” da voz.

No geral, as músicas se assemelham muito, mas não deixam de ser boas.

Nota: 7/10

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